Engana-se quem acha que psicoterapia é coisa de adulto. A fase de criança pode ser um dos períodos mais conflituosos para uma pessoa. São tantos estímulos, aprendizados e descobertas diárias, que a criança pode ter dificuldade em assimilar as mudanças físicas e emocionais pelas quais está passando, ainda mais quando alguma situação desconfortável interfere nesse momento.
Diferentemente de um adulto que consegue expressar suas angústias, frustrações, medos e inseguranças através da fala, a criança pode demonstrar que está precisando de ajuda através do seu comportamento. Quando algo não está bem, geralmente, a criança começa a apresentar comportamentos que não existiam anteriormente. Cabe aos pais estarem atentos aos sinais que ela está dando.
Quando a criança está passando por uma situação com a qual não sabe lidar, muitas vezes ela se sente incapacitada de compartilhar com seus pais. Isso é muito comum quando a criança está passando por uma situação de ansiedade, stress ou abuso. A criança pode apresentar dificuldade em distinguir seus sentimentos, não conseguir espaço para comunicar suas dores e também criar fantasias sobre o que pode acontecer se ela contar para os pais.

Geralmente, as pessoas subestimam a capacidade da criança em perceber o que está acontecendo a sua volta, acham que são pequenas demais para entender sobre assuntos tão complexos. Mas o fato é que a criança apenas não expressa suas emoções da mesma maneira que um adulto, mas ela entende, questiona, sente e sofre: Separação dos pais, morte de algum familiar ou o nascimento de um irmão são exemplos clássicos que podem gerar dúvidas, insegurança e tristeza em uma criança.
Mas como o psicólogo consegue compreender os problemas emocionais da criança se ela não consegue explicar para os adultos? A resposta está nas brincadeiras.
Através das brincadeiras o profissional consegue identificar e compreender os problemas emocionais da criança. E é claro que o fato de brincar gera muita dúvida nos pais, que depois de uma sessão geralmente perguntam para a criança: O que vocês estavam fazendo lá? E a resposta é sempre: brincando.
Quando ouvir falar que a criança vai ao psicólogo apenas para brincar, não se assuste, é isso mesmo. Mas lembre-se que não é um simples brincar, existe um método clínico e uma fundamentação teórica por trás das brincadeiras.
Geralmente as brincadeiras utilizadas são voltadas para os problemas enfrentados pela criança, assim ela pode expressar seus sentimentos, pensamentos e comportamentos, trabalhando esses aspectos durante a sessão.
Além disso, quando a criança percebe que o ambiente terapêutico é neutro, sem influência dos pais ou de outro adulto da sua família, ela se sente mais a vontade para se expressar. O vínculo do sigilo terapeuta-criança também colabora para que ela se sinta a vontade.
Mas como saber se devo procurar ajuda para meu filho? Confira alguns sinais de alerta:
Alterações no comportamento decorrentes de acontecimentos significativos (morte de um familiar, doença grave, nascimento de um irmão, divórcio dos pais)
Ansiedade, irritabilidade, agitação e falta de concentração
Dificuldades na escola
Tristeza e choro frequente
Isolamento
Comportamentos agressivos
Compulsão pela comida
Alteração no sono
Levar um filho ao psicólogo pode gerar um grande desconforto aos pais, que de certa forma, se sentem incapazes de lidar com os problemas dos filhos. Mas é necessário entender que levar o filho ao psicólogo pode contribuir para que toda a família passe por transformações e os pais são peças chaves nesse processo. Sim, os pais com certeza fazem parte da solução da queixa e podem propiciar um momento muito importante para o desenvolvimento e para a saúde emocional do seu filho.

Meu nome é Daniela Knapp, sou psicóloga clínica e coach e acredito que todas nós merecemos ter um tempo especial para cuidarmos de nós mesmas, da nossa saúde emocional e do nosso bem-estar. Esse site foi criado com o intuito de termos um espaço para a troca de experiências, conhecimentos e para falarmos um pouco sobre nós mulheres! Fique à vontade para entrar em contato comigo. Você é sempre bem-vinda por aqui!